RJCC REALIZARÁ OFICINAS DE COMUNICAÇÃO NAS COMUNIDADES

A Magnética Vitae Consultoria e Assessoria está dando continuidade ao Projeto de Comunicação Comunitária de Juruti, uma iniciativa em parceria com o Conselho Juruti Sustentável com o apoio da ALCOA que tem por objetivo melhorar o fluxo de informações entre as comunidades por meio da RJCC – Rede Juruti de Comunicação Comunitária.

Neste final de semana, dias 03 e 04 de março,  realizaremos a primeira oficina do ano, a de capacitação de Agentes de Comunicação que realizaremos na comunidade de Monte Carmelo.Teremos  um dia de muitas atividades: integração das comunidades, trocas de experiências em comunicacão popular, debate sobre temas ligados às câmaras técnicas do CONJUS, além de oficinas práticas de capacitação na produção de notícias com conteúdo local em rádio, jornal e outras linguagens;

Comunidades do Pólo da RJCC: Monte Carmelo, Monte Moriá, Capitão, Novo Horizonte, Maravilha, Juruti-açú

Quem pode participar: preferencialmente lideranças e jovens que já participaram das oficinas anteriores do projeto, pois daremos continuidade à capacitação de Agentes de Comunicação Comunitária. No entanto, se houver interesse de outras pessoas, a rede está aberta à participação de todos. Porém, temos condições de bancar os custos de transporte e alimentação de 5 pessoas de cada comunidade. Quem quiser levar mais gente, deve negociar antes com os coordenadores do projeto.


Juruti assina Termo de Compromisso e cria fundo de investimentos sustentáveis.

Por Ana Carolina Maia

 No dia 06 de dezembro de 2011, o município de Juruti, no oeste do Pará, viveu um momento importante rumo ao seu desenvolvimento. O Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), Alcoa, Prefeitura Municipal e Organizações Civis locais, assinaram na sede da Colônia de Pescadores Artesanais Z-42 o documento que consolida oficialmente o Fundo Juruti Sustentável (Funjus) e a criação do Fundo Semi-Patrimonial que irá garantir ao município investimentos em projetos de sustentabilidade para os próximos dez anos.

O evento contou com a presença dos representantes da Alcoa, Evandro Rolim Gerente Geral da Alcoa Mina de Bauxita de Juruti, Fábio Abdala, Gerente de Sustentabilidade para Mineração da Alcoa América Latina e Caribe, Juana Galvão, Gerente de Sustentabilidade da Alcoa Mina de Bauxita de Juruti, Manuela Muanis, Gerente do Funbio responsável pelo projeto, Chrystian Rezende, Secretário de Governo de Juruti, Gustavo Hamoy, da Associação Comercial e Empresarial de Juruti, Francisco Oliveira, Coordenador do Conselho Juruti Sustentável (Conjus), Sociedade Civil e demais parceiros.

Para dar início aos trabalhos, Manuela Muanis, gerente do Funbio, fez uma apresentação do fundo Semi-Patrimonial e reiterou que haverá o lançamento do Edital previsto para 2012. “O Funjus é fruto de um projeto piloto que deu certo, onde conseguimos obter resultados expressivos trabalhando diretamente com a comunidade para a criação do Fundo; podemos fazer com que o município possa se desenvolver mais e tenha capacidade de geração de renda” destacou Muanis. Essa fase do projeto eleva o fundo piloto a um fundo semi-patrimonial, e será viabilizada com novo aporte da Alcoa, no valor no total de R$ 4 milhões durante três anos. Com isso, o Fundo Juruti Sustentável poderá administrar, aplicar e captar recursos de novos investidores.

O ponto alto da noite foi a assinatura do Termo de Compromisso entre a Alcoa representada por Fábio Abdala, o poder público com Crhystian Rezende, secretário municipal de governo e a sociedade civil através de Lucemir Batista, membro do Funjus.  A meta é garantir o fortalecimento da capacidade produtiva de Juruti com geração de renda (capital econômico), principalmente dando apoio às instituições locais e seguindo um plano de desenvolvimento de longo prazo. De acordo com Fábio Abdala, o fundo irá apoiar as esferas sociais e ambientais, seja por meio de parcerias públicas ou privadas, além de promover iniciativas nas áreas de educação, saúde, infraestrutura, e segurança: “O fundo é um meio de mobilização desses instrumentos, e seguindo essa visão podemos construir parcerias em assistência técnica, cursos, seminários e outras atividades, tudo isso de forma duradoura. Acredito na idéia de que o sustentável e o durável se equivalem”, avaliou.

O Fundo Juruti Sustentável integra a estratégia do Modelo Juruti Sustentável juntamente com o Conselho Juruti Sustentável (Conjus), um fórum que reúne 15 representantes de diferentes grupos sociais para debater e buscar soluções aos problemas da cidade; e os Indicadores de Sustentabilidade, metodologia pioneira desenvolvida pela Fundação Getulio Vargas para acompanhar a evolução da cidade e nortear discussões e decisões pelo desenvolvimento local. O Funjus é o instrumento financeiro incentivado pelo Modelo Juruti Sustentável para custear projetos de desenvolvimento local protagonizados pelos próprios jurutienses.

O Funjus iniciou operações em 2009, com R$ 2 milhões doados pela Alcoa, e já apresenta resultados promissores, tais como: R$ 519 mil de recursos repassados a 21 projetos, nas seguintes áreas: 14 capital econômico, 2 capital ambiental e 5 capital social. O foco de atuação direta do fundo semi-patrimonial será o fortalecimento da capacidade produtiva do município com geração de renda (capital econômico), apoiando primordialmente as instituições locais e seguindo um plano de desenvolvimento de longo prazo. Vale ressaltar que o capital investido ao longo do tempo, os rendimentos e parte do capital principal serão utilizados respeitando-se limites anuais para preservar no Fundo o capital suficiente para sua continuidade.

Quem é quem

O Fundo Brasileiro para a Biodiversidade, Funbio, é uma associação civil sem fins
lucrativos, criada em 1995, com a proposta de ser um mecanismo financeiro inovador e o compromisso de desenvolver estratégias para contribuir na implementação da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) no Brasil. A missão do Funbio é aportar recursos estratégicos para a conservação da biodiversidade. Atualmente, o Funbio trabalha no desenho e gestão de mecanismos financeiros; na seleção e gerenciamento de projetos; compras e contratações para projetos ambientais; e na articulação de atores em redes nacionais e internacionais.

Estas experiências demonstraram que o desafio de controlar e reverter o ritmo acelerado da destruição ambiental exige ações integradas, capazes de aumentar a escala das iniciativas de uso sustentável da biodiversidade. Para isso o Funbio atua ligando grandes doadores nacionais e internacionais a projetos dos mais diversos tamanhos e escopos, visando alcançar expressivos resultados de conservação, desenvolvimento social e investimento financeiro.

A Alcoa Alumínio S.A. é subsidiária da Alcoa Inc., líder mundial na produção de alumínio primário, alumínio transformado e alumina. Com atuação em 31 países, a Alcoa Inc. possui 59 mil funcionários e integra pela décima vez consecutiva o Índice Dow Jones de Sustentabilidade. Presente na América Latina e Caribe desde o final da década de 50, a Alcoa conta com cerca de sete mil funcionários na região e possui operações no Brasil, Jamaica e Suriname. No Brasil a Companhia atua em toda a cadeia produtiva do alumínio, desde a mineração da bauxita até a produção de transformados. A Alcoa possui sete unidades produtivas
e três escritórios distribuídos no Maranhão, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Santa Catarina, São Paulo e Distrito Federal. A empresa possui ainda participação acionária em quatro usinas hidrelétricas: Machadinho e Barra Grande na divisa dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul; Serra do Facão em Goiás; e Estreito, entre o Maranhão e Tocantins

CONFIRA O QUE ACONTECEU NO V ENCONTRO DA RJCC

MAGNETICA VITAE REALIZA O V ENCONTRO DA REDE JURUTI DE COMUNICAÇÃO COMUNITÁRIA-RJCC

 Por: Ana Carolina Maia

No dia 03 de dezembro de 2011, aconteceu o V Encontro da Rede Juruti de Comunicação Comunitária-RJCC, no auditório da Colônia de Pescadores Z-42. O evento marca a retomada das atividades que fazem parte do Projeto de Comunicação Comunitária de Juruti, uma iniciativa que conta com o financiamento da ALCOA, em parceria com o Conselho Juruti Sustentável e a Colônia de Pescadores Z-42;

              O objetivo do encontrão é melhorar o fluxo de atividades entre as comunidades, integrar os pólos e as comunidades rurais que estão distantes dos centros. Esta integração é feita através das trocas de informações sempre valorizando os conhecimentos locais.

             O V Encontro contou com a presença dos representantes das seguintes comunidades: São Sebastião, Santa Rita, Urucurana, Santa Terezinha (Lago das Piranhas), Ilha do Chaves, Ferrugem, Valha-me Deus, São Benedito, Piranhas, Vila do Castanhal e Café Torrado, todos fizeram questão de ressaltar que já haviam participado dos encontros interiores e que a RJCC  desenvolve um papel importante nesse cenário de sustentabilidade e  trocas de conhecimento tanto em Juruti, quanto nos interiores. Os parceiros da Rede Juruti de Comunicação Comunitária também marcaram presença, o Clubinho da Tartaruga, a Associação das Mulheres Trabalhadoras de Juruti (AMTJU), a Associação dos Vendedores Ambulantes, Conjus,  Associação Empresarial e Comercial de Juruti, Secretaria Municipal de Comunicação Social e a ALCOA.

             Para dar início às atividades, uma dinâmica de grupo foi conduzida pelo coordenador e mediador do encontro, Magnólio de Oliveira, onde cada participante deveria se apresentar, falando o nome, a sua comunidade de origem e uma palavra de positividade para o evento. Tudo isso num clima de descontração e muita animação por conta de todos os participantes. “Esse encontrão tem que começar com muita alegria, pois temos muita coisa boa pra debater aqui, e a presença de vocês é fundamental.” Enfatizou.

              O primeiro assunto foi sobre a valorização da participação das comunidades e seus respectivos pólos, pois cada um tem sua importância e unidos são capazes de produzir e criar muitas coisas, como por exemplo, a produção de informativos impressos, programas de rádio, blogs e até oficinas de comunicação comunitária, como já aconteceu nas edições anteriores dos encontros da RJCC. Outro ponto importante colocado foi o da aproximação das comunidades, o coordenador de comunicação da RJCC, Fábio Pena, ponderou que as comunidades precisam estar integradas, essa forma de interação pode ser feita através da produção de boletins mensais, com assuntos de interesse da própria comunidade, “Se vocês precisarem estamos a disposição, nosso laboratório funciona em cima da Z-42 e temos uma infraestrutua para  dar esse apoio técnico  e ajudar na produção e confecção de um informativo. A voz da comunidade tem que ser ouvida.” disse Fábio.

             Durante o segundo módulo do encontrão, as comunidades se dividiram em grupo para analisar e debater o plano de ações e prioridades das Câmaras Técnicas (CTs) do Conselho Juruti Sustentável, após a leitura e discussão, cada grupo apresentou suas respectivas propostas e sugestões  para serem incorporadas aos  CTs. As principais demandas das comunidades foram duas: meio ambiente e desenvolvimento rural.  A maior queixa dos comunitários é em relação  ao destino do lixo, falta ainda uma campanha de conscientização, enviar projeto para as Secretarias, viabilizar mais lixeiras e espalhar no município, informar, sobre onde jogar o lixo, “ simplesmente não podemos jogar na rua, até por que fica uma imundície, enfeia a nossa cidade, tem que haver um curso, uma campanha nesse sentido e a sujeira nas ruas tem que acabar.” afirmou Marisa Amaral, da comunidade de  Castanhal.

             Ainda sobre a questão ambiental, foi pincelado o tema sustentabilidade, iniciativas voltadas ao eco-turismo, novos projetos que visem a geração de renda paras as famílias de maneira sustentável, como a criação de mudas, hortaliças, peixes. A comunidade do Valha- me Deus, questionou o posicionamento dos comunitários quanto ao destino dos minérios e madeiras que saem de Juruti, de acordo com a carta de prioridades da CT de meio ambiente, é papel dos comunitários mapear, minimizar os impactos ambientais. “ nós ribeirinhos temos que estar atentos sobre esse tipo de coisa, pra onde vai a madeira, o minério, fiscalizar junto aos órgãos competentes é nosso dever também”, concluiu o participante. A Assistência técnica para os produtores rurais,  foi uma das demandas discutidas pois ha necessidade da ampliação de projetos nessa área, como produção de galinhas caipiras. Esses anseios serão pauta para as próximas reuniões do Conjus.

             Para encerrar as atividades do V Encontro, houve escolha dos representantes da Rede Juruti de Comunicação Comunitária-RJCC para o  CONJUS. Novas oficinas de comunicação comunitária estão previstas para a segunda quinzena de janeiro de 2012, nas ilhas de Santa Rita e Valha-me Deus e  São Benedito e os temas levantados  nas CTs  serão pautas para as oficinas.